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terça-feira, agosto 31, 2004

O Regresso 

Tranquem as portas, não atendam o telefone, façam-se de surdos. O lingrinhas já desenterrou do armário a velha t-shirt vermelha do ernesto e está a fazer as malas para vir arejar a sua foice e martelo ali para os lados da Atalaia. Aguarda-se que empregado da multinacional indique a hora de chegada. Por três dias será o rei do espírito comunitário. Depois voltará ao seu posto de assalariado do capital global. Que melhor ocasião para lhe dar uns tabefes há tanto tempo merecidos?

segunda-feira, agosto 30, 2004

E Viva Pequim 

Atenas finou-se, agora vem a China. Essa grande pátria da democracia não olha a meios para fazer uma festarola catita. Desalojam-se uns milhares de desgraçados, envia-se um satélite ao espaço para controlar as obras, manda-se prender todo o cidadão com laivos de algum pensamento crítico, enfim, serena-se o povo. O ideal olímpico brilhará como nunca na terra do Mao, que hoje já nem é comunista, nem capitalista, nem coisa nenhuma, apenas irracional. Pequim já fica na história por um facto inédito: Pela primeira vez, o Comité Olímpico Internacional aconselhou os anfitriões a desacelerarem as obras. Diz o gajo que assegura a ligação do COI a Pequim que a conta da manutenção não justifica 20 meses de antecedência. Estamos, de facto noutro planeta. Depois dos portugueses desenrascados e dos gregos aflitos, nada como um chinês exausto mas cumpridor.

sexta-feira, agosto 27, 2004

Serões na terrinha ou o trombas de férias 

"Hoje acordei fatigado. Isto de emborcar canecas até às sete da manhã cansa qualquer um, e um gajo já saiu da adolescência há mais de meia dúzia de anos. Tenho de postar qualquer coisa no meu diário literário. Falo das sardinhas frescas do mar do jantar de ontem, do vinho verde gelado, da musiquinha manhosa do bar do costume, da nobre companhia dos velhos camaradas, ou da fabulosa final do vólei olímpico que vi ontem? Não interessa, é preciso é estilo, já diz aqule tresloucado de Braga. Ora aí está, elegância, fluência no discurso, um toque de classe com esta frase final. Bolas, sou mesmo um mestre nisto. Amanhã escrevo sobre a padaria onde há anos retempero o estômago das noitadas.Depois hei-de me debruçar sobre o canal odisseia e os seus documentários sobre morsas. Uma pitada ou outra sobre a existência dos meus amigos e o ramalhete fica composto. Rica vida esta, praia à tarde, copos à noite e escrita ao longo do dia, conforme a diposição. Um dia destes ponho aqui o site-meter. Já devo ter mais 50 citações. Vou ao technorati. Brilhante, brilhante. Olha, hoje vou falar do homem das bolas de Berlim, do seu rigor no trabalho, da potência dos pulmões, das recordações de infância que ele me desperta. Afinal, parecer um intelectual não custa nada."

quinta-feira, agosto 26, 2004

Desenviado 

O proletas, nosso nao-enviado especial a Atenas (tambem conhecido como aquele que era para ir mas no fim se lixou) tem nos brindado com verdadeira perolas do comentario desportivo. Por ele ficamos a saber, por exemplo, que Francis ja saiu de Atenas. Gostava de saber se ele volta a tempo de correr a final de logo a noite. Este proletas faz-me lembrar uma das maratonistas portuguesas que no final da sua prova, depois de um brilhante 62o lugar em mais de 3 horas e oito minutos de corrida ( a 40 minutos da vencedora), confessou ter uma tendencia natural para desidratar. O que torna a opcao pela maratona bastante inteligente... tal como a opcao pela escrita quando se tem uma tendencia natural para a deslexia... Enfim, um artista portugues. E pena nao haver medalha para a estupidez natural... Haveria muitos escritores deste blog candidatos ao ouro!

Ribeirinho 

O Silva e o Francis já saíram de Atenas com o peito enfeitado, mas a grande sensação ainda está para chegar. Arrisco-me ao escárnio e à maldicência (também que novidade!) mas daqui vos digo: amanhã, às 19h50, vamos ter nova alegria. Ainda por cima, uma alegria já sem bigode e até com ar feminino. A idade não atrapalhará o feito.

terça-feira, agosto 24, 2004

Grande português 

Sei que este espaço não é o mais propício ao elogio, mas como não tenho um blogue da moda onde verter os meus doutos pensamentos, escrevo aqui o meu mural: Obrigado Obikwelu!! No meio do pântano que tem sido a participação portuguesa, haja um momento de excelência para nos deixar orgulhosos. Um enorme balde de merda para todos aqueles que não se calam com a conversa merdosa de que o "tipo é nigeriano" ou que "não é a mesma coisa que um português cá nascido". Obikwelu veio para cá adolescente, fugiu do país natal (uma das famosas democracias musculadas do continente africano), andou nas obras, passou mal. Ao fim de muitos meses sofridos, foi oferecer-se para treinar no Belenenses e hoje é vice-campeão olímpico. Se isto não é uma história portuguesa, não sei o que é ser português.

segunda-feira, agosto 23, 2004

O cabrone 

Armado com os chifres de quem vive de cabeça pesada, o nosso indigno veraneante voltou de férias com redobrada vontade de empregar o seu vasto vocabulário de boçalidade. Até agora, ainda não conseguiu balbuciar mais que meia dúzia de patacoadas, mas aposto que prepara aí uma nova posta cheia de verve literária e pensamentos brilhantes para educar o povo. Aguardemos então que o homem do whisky a martelo nos indique o caminho da erudição.

quinta-feira, agosto 19, 2004

Olimpiadas 

Foda-se, a piscina tinha água a mais. Merda, a bola é redonda e o cabrão do iraquiano corre sempre para onde eu não estou. Então aquele merdas da Costa Rica hei-de lhe partir o focinho antes de acabar o jogo. A puta da bola vem sempre na direcção do sol quando aquele comprido serve. O meu kimono está sempre a escorregar. O sacana do cavalo está nervoso. A pistola aponta sempre para a direita. O vento está sempre contra a minha vela e aquele paspalho ali tem sempre uma baforada nas costas. Porque é que os nossos brilhantes atletas não dizem apenas: "Sou um nabo que só cá vim ver a bola e passear na aldeia olímpica"? Poupavam-nos a maçada de ouvir sempre as mesmas desculpas esfarrapadas.A nossa comitiva só tem paralelo no miserável rebanho deste pasquim, que além de conspurcar a caixa de cometários com escritos sucintamente idiotas, não tem perspicácia para escrever mais que duas linhas.

quarta-feira, agosto 18, 2004

Indignidade 

Este blogue está cada vez mais parecido com o actual Governo: um bando de autistas de quem nada se sabe desde que entraram em funções. Foi tudo a banhos e o País que aguente. Aqui a fuga é mais cobarde. Nem a areia da praia serve de desculpa para tamanha inércia mental. Já devia estar habituado a nada esperar dessas cabeças ocas, mas a dimensão do vazio não deixa de me surpreender...

sexta-feira, agosto 13, 2004

Manipulador 

Eu sabia que você, qual cão de Pavlov, havia de responder à minha missiva. Só apontei a sua aventura Raiana por me você me ter acusado em tempos de querer ser figura do jet set bloguístico. Afinal, é você a estrela do momento, mas não há nenhuma incoerência nisso... Nada tenho contra a ideia de você ficar pelo Pitau mais tempo, como já escrevi anteriormente. Quanto à minha ideia de blogue, é apenas um isso, uma ideia, que, já agora nada tem a ver com a sua Raia. Provavelmente nunca sairá da minha cabeça, mas, a sair, nunca aspirará a ser um blogue de grandes ditos peseudo-filosóficos sobre tudo e mais alguma coisa. Terá um tema específico e apenas uma finalidade - humorística. Mas fica-lhe bem usar episódios da sua triste vida pessoal para construir nesta casa a sua magnífica personalidade bloguística. Tudo serve para essa causa. Terei mais cuidado com a língua da próxima vez que o vir em pessoa. Quanto ao tema do mês, ou da semana, aguardo a sua missiva (e a dos outros) no mail, em vez de vir para a praça pública tratar da administração da taberna. E vá chamar moralista ao famoso padre Inácio.

Enternecedor 

É enternecedor imaginar o proletário, de olhos a brilhar e a bater palminhas, com o seu riso infantil, por supostamente me ter apanhado de vez, agora é que foi, lixei-o bem. Meu caro amigo, escusa de ir por aí, que a minha ausência de resposta deve-se, não a falta de tempo, que como sabe até me tem sobrado, mas sim a não entender ao que tenho eu que responder. Se a cada afronta sem sentido eu me dignasse a dar uma resposta, aí sim, a minha vida ficaria parecida com a sua, vazia de sentido e plena de moralismos inócuos. Aproveito para pré-divulgar (os pormenores deixo-os para si) a idéia que, na mesma conversa onde descobriu que eu tenho um blogue, alimenta há meses (palavras suas) sobre um blogue, em nome indivdual, para o qual já tem nome e conceito, e ao qual dedicou alguns momentos da noite a explicar. Garanto, que nessa altura o apoiarei nesse seu projecto, não espere de mim qualquer escárnio. Não posso ainda deixar de mencionar o Vil e o Isauro, que também eles optaram por comentar a novidade que lhes ocupa nesta última semana as pequenas vidas. Do Gil Eanes a coisa surpreendeu-me. É, dos que levantou a cabecita da areia, um dos mais antigos bloggers desta casa, onde, a pretexto de um diário de um emigrante saudoso, lá se vai lamentando e comentando a política, o desporto e um pouco dos seus passeios alegres pelo país que gentilmente o acolhe. Como sei da coerência que abunda pelos lados do Eanes, com certeza estarei enganado. Com certeza são coisas muito diferentes. Ao Isauro é que não sei que diga. Não entendo em que é que a nossa conversa me faz entrar em algum tipo de contradição moral. Nem ele entende, e tanto é assim, que avança com suposições de que eu já teria o plano engendrado há meses.

p.s. E agora vamos lá a falar de trabalho, Sr. Administador Fundador (está bem assim?), que isto é um blogue sério e que não liga a essas minudências da popularidadezinha e da famazeca entre blogues. Reparou que as visitas voltaram a subir? Que tema pensa que devemos propôr para a semana? Olhe que segundo o technorati, já temos mais alguns links, talvez seja de ver isso. De qualquer modo, em Agosto as visitas devem ser menos, talvez seja boa ideia apostar num bom tema só para Setembro. Enfim, avanço com estas questões, dado que penso ter toda a razão quando se queixa ser o úncio a pensar nestas coisas.

O silêncio do pitéu 

Do alto da sua auto proclamada superioridade moral e literária, o orelhas tem passado os últimos dias a pensar se responde ou não às justas bordoadas que lhe foram aplicadas nesta casa. O trombas há de vir dizer que tem mais que fazer na vida do que ripostar. No entanto, o truque é bem mais básico. O casca cinzenta espera que o tema de conversa mude rapidamente, para não ter de enfrentar a denúnica da sua ambição onanista. Mas há silêncios ensurdecedores, inestimado devorador de raias inocentes.

terça-feira, agosto 10, 2004

O nome diz tudo 

Existem varias teorias sobre a blogosfera. Ele há blogs políticos, blogs íntimos, blogs disto e daquilo. Para mim, está tudo no nome. Há os gajos minimamente normais. Querem escrever sobre bola, música, política, putas, vinho verde. E fazem-no. E depois existem tipos como o trombudo e o outro atrasado mental que busca a limpida medida (deve ser para enfiar no rabo). Estes têm a mania que são interessantes de ler. Por isso escrevem sobre tudo. E são facilmente identificáveis pelo nome do blog. Sempre um nome que um gajo olha vê logo que aquilo não quer dizer nada. Mas os tipos não… Eles sabem porque escolheram o nome… houve uma razão… e algo que faz parte do seu devir ! Enfim, desprezível trombudo, parabéns pelo blog. Continue a ilustrar-nos a sua triste existência…

PS – Directamente de Omeupipi…
« TEORIA SOBRE A BLOGOSFERA.Blogosfera. é um termo que, como é óbvio, foi inventado pelos panascas que têm blogs. O vocábulo só poderia ter sido produzido por mente rabeta, aliás. O sonho destes larilas era que houvesse, não uma, mas duas blogosferas, mais um blogopau. Tudo junto, daria um blogocaralho que eles posteriormente haveriam de meter no blogocu.
posted by Pipi 11:47 PM”

O comment que virou post 

Parece que foi ontem... mas não foi. Foi no dia 24 de Julho de 2004. Foi no ex-Sr. Martins, sentados à mesa, restaurando as energias gastas ao longo dessa tarde em várias provas de força, perícia e descoordenação em equipa como "montagem de um roupeiro no maior espaço de tempo pelo maior número de pessoas e com o maior número de insultos entre elas e caralhadas pelo meio". Dizia o Le Fante - enquanto pedia um Licor Beirão com um gesto másculo que constrastava com a panasquice da bebida - que até já tinha pensado em fazer um blogue para as massas. Uma coisa "Strictly commercial!" Um blogue para chás dançantes e debutantes na blogosfera. Que seria coisa fácil. Bastava seguir a receita ao pé da letra. Ele já a sabia toda. Ele já a tinha pensada... Várias vezes, dizia. Mas nunca a havia posto em prática... Ora, a 1ª posta da arraia miúda da sua inteligência tem a data de 23 de Julho (!?!?!) e dela consta "Agora sim... ... aparecem gajas boas!" Caro Le Fante, não percebo o conteúdo do post, não percebo a subrepticiadade , não percebo o porquê da não assumpção à mesa do seu plano posto em movimento pelo menos no dia anterior mas, provavelmente, vindo a ser engendrado há meses... Não percebo. Pode ser que lhe cague o cão pelo caminho, como diz a minha sogra que, por sinal, faz uma óptima raia de pitau.

Que pitéu de blogue 

Antecipo desde já a resposta do orelhas. Vai dizer que já contava com o meu fel, que sou um tipo venenoso, se calhar até vai falar de inveja. Mas eu tenho memória, meu caro Léli (para quem não sabe, este é o nomo com que a criatura é conhecida nos sítios chiques da blogosfera). Lembro-me de uma vez me ter acusado de sonhar com cocktails bolguísticos, de ter ambicionado ser uma figura de destaque, enfim, o habitual repositório de enormidades a que nos habituou. Mas agora é você que lança mais longe . O pitéu pitau é já um must da blogosfera. Ele é elogios rasgados, referências nas tabernas da moda, enfim, um sucesso. Pode ser que assim nos deixe de incomodar com a sua sapiência. Guarde os seus preciosos pensamentos para a nova barraca que resolveu erguer e não os desperdice neste antro de ingratos que nunca souberam reconhecer o seu génio. Se precisar, aposto que o seu amigo Paradoxo lhe pode dar uma preciosa ajuda na arte de produzir alarvidades em barda para distribuição em várias capelinhas do saber.

segunda-feira, agosto 09, 2004

Pêsames e Parabéns 

Os meus pêsames ao nosso inestimado visitante com nome de ex-futebolista. Em breve passaremos a ser incomodados pelo "Deixem Andar o Mantorras". O desgraçado angolano não merece tanto azar...
Os meus parabéns ao Vinagre. Esse rapazola arranjou um belo estratagema de conseguir visitas para o seu Blog medíocre. Se não for pela provocação barata, desconfio que ninguém lá põe os coutos, tamanha é a estupidez que brota daquela cabeça. Já agora, desprezível fruta azeda, não sei se reparou, mas este blog é escrito a várias mãos. O seu parece obra de um único neurónio...

O Repto 

Comentava hoje com o Científico que assim fossemos brindados pelo vinagre e sua alma ruim assim deveríamos aproveitar a desculpa, tomá-la como repto e responder-lhe. Além de ser uma boa forma de avançarmos de tema, mudando de ares, sempre faremos um favor ao amargo vinagre ao dar-lhe com algum azeite. A bem dizer, é evidente que ele está a precisar de ser untado. Menos por entre as nádegas onde suspeito está bem oleado. Está feita a sugestão.

domingo, agosto 08, 2004

Hajais decoro, talvez... 

Caríssimos pelintras, vós sois tão lerdos que não me resta outro caminho senão o da prelecção. Pela vossa irrealidade sou levado a escolher o modo conjuntivo, o único capaz de integrar a vossa bestialidade neste mundo que teimam em partilhar com os demais. Houvésseis vós um pouco mais de cultura e de penacho, como pretende o Científico, e estaríamos a esta hora a discutir temas mais interessantes, como a demissão do Del Neri, a silly season e outras tramas paralelas. Mas não. Redundámos na Língua. É inaudito e é trágico. Vós, logo vós, que pouco ou quase nada da língua percebeis, haveis agora pretensões a cultores da mesma. Arrivistas que sois, sois mais papistas que o papa e mais broncos que o mais bronco dos broncos. Sem qualquer desprimor para o animal, aliás, mais nobre que vós. Pareceis uma vara de bácoros tremebundos discutindo a cor da lama em que chafurdais como se discutísseis física quântica, a qual é para vós tão familiar quanto o pretérito mais-que-perfeito, que nunca tivesteis e o futuro imperfeito, que ainda não atingisteis mas que vos espera, inexoravelmente. Calai-vos, retirai-vos para as sombras das vossas covas e para o pulguedo das vossas enxergas e deixai a Língua em paz. Se a dominais é por acaso, se a falhais era esperado. Escrevei, escrevei, com k e tudo, porque a língua serve para que vos compreendeis e os burros compreendem-se sempre, no meio de suas burrices.

Ser Consciente 

Vamos por partes e tudo se tornará mais fácil. Antes de mais, caro Proleta – se verificar ali atrás, houve alguém a assumir o seu erro. Pois, fui eu. Foi um erro assumido publicamente, algo que um dia também conseguirá realizar. Mas duma coisa tenha a certeza: não tenho intenção de fazer escola do erro que assumi – não se esconda nisso. O tema é a evolução da Língua Mátria e, sobre esse, a sua ambivalência produziu um lugar comum e aleivosias amíudes sobre maniqueísmos que só você e o seu "compagnon de route" viram. Em relação a si, Isauro, verifico a sua persistência em afirmar que a utilização das regras é o método para evoluir, já que todas as corruptelas e desvios à regra são transgressões – e merecem ser apontadas e sumariamente eliminadas. Penso não haver definição mais clara de um conservador, em qualquer campo ou área onde se aplique. Inteligente como se reclama, o Escravo poderá ainda e facilmente perceber que as regras facilitam o funcionamento, mas não necessariamente a evolução da espécie. Ao contrário do que o Lefante ditou e vossa mercê lambeu, as regras são o motor da eficiência, mas não da criatividade nem tão pouco da adaptação da língua a novas realidades. Falando mais concretamente da língua e por muito que lhe custe, neologismos como “bué”, “bute” ou “complot” começaram por ser utilizados desrespeitando qualquer regra, mas cedo surgiram nos dicionários. Corruptelas, dialectos específicos, interjeições ou até mesmo o Saramago - estas e outras "asneiras conscientes" são continuamente adoptadas e enquadradas nas gramáticas e dicionários nacionais. Já pensou porquê? Exactamente: porque até os linguistas mais empedernidos têm uma visão positiva em relação a este fenómeno. Vêem a língua como algo vivo, em mutação. Algo que serve o povo que a fala e que a ele, necessariamente, tem de estar atenta. Porque, sem dúvida alguma, quem faz a língua é o povo, as suas necessidades e realidades. Se o Vil quer insultá-lo, a si e ao LeFante, então concordo com a utilização de português incorrecto. É um formato perfeitamente alinhado com a incorrecção com que vos classificaram na categoria de seres humanos.

sexta-feira, agosto 06, 2004

Esclarecimento 

Em relação ao tema em debate, venho esclarecer um ponto que me parece estar do avesso nas mentes mais débeis. Na questão da língua (sublinho, na questão da língua, pois nem sempre é assim), a regra, a disciplina, a ordem são o progresso; a desregra, a indisciplina e a desordem são um retrocesso. Cada um escrever como lhe apetece já aconteceu, meus amigos. Se lerem a Peregrinação e Os Lusíadas, escritos sensivelmente na mesma altura, é rara a palavra com a mesma ortografia. Eles nem sabiam o que isso era. Nem ninguém lhes levava a mal. Mas a progressiva inteligência da espécie humana ( a universalização do ensino, da literacia, etc.) levou à evolução para a convencionamento ortográfico e gramatical. Voltar a anarquia neste assunto é uma burrice atroz. Portanto, sou evolucionista, sim senhor. Com regras básicas que não podem ser torpedeadas quando bem apetece. Um evolucionista inteligente, portanto. Ao contrário de bem sabeis quem.

Ps - Quanto à forma como foi escolhido o tema, parece-me interessante que ele surja algo espontaneamente, como foi o caso, de debates já a decorrer no blog. Quanto aos termos como foi proposto, não me vou pronunciar ao contrário de também sabeis quem que, mesmo concordando, tem que mandar a sua bufinha mal-cheirosa.

O histérico 

Fui responsável pelo início desta bela discussão... Depois ela tomou caminhos ímpios e agora orgulho-me do meu erro. Foi bonito. E se admito alguma vontade correctora ao amigo Isauro, pois ao que julgo saber ele sabe não só ler mas tambem escrever, fico admirado com a defesa heróica que o nosso proletas faz do bom português! Ele, para quem a escrita e o ganha pão mas que tão a maltrata! Confesse lá, seu pulha! Alguma vez tinha ouvido falar em "verbo defectivo impessoal"? E depois comporta-se como um histérico sempre que alguém lhe mexe no blogue! Tanta pseudo-democracia, ai que agora são todos administradores mas depois se alguém muda alguma coisa, arma-se logo em puta ofendida! Vá lá por o corpo a render e deixe-nos sossegados!

A estratégia do costume 

Caro Proleta, pensei que me tinha explicado bem, mas esqueci-me de quem era o meu interlocutor, e como tal, peço desde já desculpa. Penso que fui claro ao explicar o porquê de não me ter apressado a concordar com o Isauro. Quando alguém me diz que a lua tem quatro fases eu não tenho o hábito de me meter em bicos de pés para mostrar a minha concordância. Defendo que as evidências se bastam por si só. O seu estilo bancada parlamentar é engraçado e até diverte, mas não é o meu. Quando elogio Balzac, Pessoa ou Borges, não o faço pela ausência de erros gramaticais e de sintaxe, ao contrário, calculo, da sua pessoa. Quando um dia reconhecer que se enganou, aí sim merecerá o meu rasgado elogio. É que primeiro, tenta fazer crer que o problema do tema da semana é o tom pejorativo com que eu teria carregado o termo conservador. Quando se apercebeu que assim não é, veio afirmar que afinal o problema era que falávamos de extremos. Pois bem, o meu amigo apressa-se a concordar com uma secular regra do Português, mas quanto a tomar uma posição difícil, e antes de saber as opiniões dos demais, já outro galo canta. Depois, cheio de razão vem-me falar de neologismos, tema que, pelos vistos para si é pacífico, desde que não baseado na asneira consciente. Não sei que critério será este. Quer explicar? Que neologismos devo aceitar segundo a cartilha de V.Exa.? Que me diz de Mátria, que utilizei na barra lateral? Devo ainda acrescentar que não me pronunciarei mais sobre este assunto, dado que a minha opinião já está mais clara do que o necessário, mas se vossa mercê quiser continuar a espernear nada tenho a opôr. Faz parte do seu estilo hemerroidal e penso que já ninguém o leva a mal por isso.

Idiota Chapado 

Vou tentar ser mais claro, a ver se o paquiderme entende: Você é um idiota, um paspalho, um deturpador, um maniqueísta e um desonesto. Percebeu? Após uma catrefada de posts vem agora dizer que está do lado do Isauro. Eu já tomei a minha posição há muito e se não a percebeu sugiro-lho que vá ao médico (um oftalmologista ou um psiquiatra podem ajudá-lo). A sua escolha de palavras para o debate é miserável. Chamar evolucionista a quem professa a calinada com o entusiasmo do Vil e do Proveta é ofensivo. Ser conservador é resistir às mudanças na língua. Nada tenho contra os neologismos desde que não baseados na asneira consciente. Por isso não me enquadro em nenhuma das gavetas esconsas onde arruma a tralha que lhe entope o crânio. Não me incomoda nada que o senhor escolha os temas do debate. Também o fiz muitas vezes e não ouvi reclamações. Não venha por isso usar essa arma de arremesso arcaica. Não foi a legitimidade do seu gesto que eu questionei, como você bem sabe, seu manipulador. O que me preocupa é a sua falta de jeito para esse mister.

O dono do circo 

Quero começar por lhe dizer, caro palhaço-chefe, que fui eu quem alterou unilateralmente o tema da semana. Quero ainda dizer-lhe que não é nada que o meu amigo não tenha já feito um par de vezes. Quero ainda dizer-lhe que sabia o quanto isso o iria incomodar. Mas vamos ao que interessa, a sua tacanhez. Quando escrevi Evolucionistas vs. Conservadores, tive realmente um propósito maniqueísta, e não fiz mais que oficializar o tema que actualmente é discutido. Mas, pasme-se, eu considero-me nestas coisas um conservador e estou publicamente de acordo com o Isauro, não por este ter algum tipo de mérito nas suas alegações, mas porque diz o óbvio e eu, como conservador assumido nestas matérias, costumo concordar com o óbvio. Só essa sua cabeça de esquerdista de trazer por casa do séc. XIX, é que vê sentido pejorativo no termo conservador, e glorioso no termo evolucionista. Como vê, o maniqueísta aqui é você, tacanho, e de vistas curtas e espartilhadas, com um pensamento (passe a expressão) de sentido único. Se procurasse saber o que diz antes de o dizer, poderia mesmo ser um respeitado membro da sociedade, como o são já os cães de rua, e outros animais abandonados. Para terminar, deixe-me avisá-lo da garagalhada que me proporcionou, a mim e aos restantes, tenho a certeza, a defender dessa maneira a língua. Logo o urso que mais voltas fez dar Camões no túmulo nestes últimos meses. É muito triste. Eu já escolhi o meu lado, sem medo das palavras, porque lhes conheço o significado. E você, seu palhaço?

Palhaçada 

A estrebaria tem gerência alargada mas isso não quer dizer que a inteligência esteja bem distribuída. Não sei quem foi o paspalho que escreveu aí ao lado "Evolucionistas vs. Conservadores", mas quero desde já aplaudir o maniqueísmo militante. Porque os evolucionistas hão de ser os modernos cavaleiros que buscam o futuro, enquanto os conservadores serão os velho do Restelo amarrados ao passado. É uma bela maneira de distorcer completamente uma discussão cujos moldes estão a milhas dessa designação. O que realmente aconteceu é que o Vil demonstrou a sua incapacidade para escrever bom português. O Isauro, no seu estilo arrogante, reconheço, tratou de o corrigir. O Proveta, apostando na táctica costumeira de se meter em guerras onde não é chamado enterrou-se até à medula na sua obsessão de pedir a todos que "reconheçam o que fizeram", seja lá o que isso queira dizer. Só conseguiu esgrimir meia dúzia de alarvidades sem a mínima consistência. O que o Isauro fez foi apontar um erro, mas os dois panões trataram logo de transformar a coisa num debate ideológico, argumentando que um erro muitas vezes repetido se tornará regra. É um truque rasteiro de quem não tem mais argumentos. Certamente que não será por cavalgaduras como vossas excrescências escreverem tão mal que a língua vai evoluir. Argumentar que são evolucionistas só porque não conhecem a gramática é truque de feirante sem escrúpulos.
Sim senhor, foi preciso entrar para esta estrebaria uma mulher para as bestas se assumirem todas como os pederastas que são. Então agora deu-lhes para discutirem linguística, gramática, semântica e afins? Pensam que são estudantes da Faculdade de Letras ou quê? O tempo em que isso servia para arranjar grelo já foi, portanto é de presumir que sois todos uns panões, uns comichosos com a panca de passar a pente fino os posts uns dos outros com a minúcia de um biólogo que analiza fezes de animais. A isso chama-se comportamento desviante de tendência obsessiva-compulsiva, e não é nada que dez ou quinze anos de fármacos e consultas a especialistas na matéria não resolvam. É preciso é começar já.

quinta-feira, agosto 05, 2004

Confrangedor 

Eu poderia bradar aos céus, invocar Toutatis, o Juízo Final, o Apocalipse, o fim dos tempos, todos os anjos e arcanjos, todos os santos e beatos, todo o olimpo greco-romano, todas as divindades hindús, todas as almas penadas para tentar expressar o tamanho da sua burrice. Mas, proveta, na verdade, o abcesso que lhe ocupa a caixa craniana apenas me confrange. Dá-me pena. Vê-lo assim... Sabendo-se enganado. Traído pela sua própria soberba. Exigindo referências bibliográficas quando imediatamente antes me acusava de devorar gramáticas. Confundindo linguística com gramática. Sem saber que "bem-haja" (ou "bem-hajam") é uma interjeição ou um substantivo masculino e não uma forma verbal. Delirando com episódios do meu passado que eu próprio desconheço. Você, científico, só me dá pena. E maiores penas virão da sua aliança com o Vil que para além de repetir o erro, com orgulho maiúsculo, ignora que se trata do pretérito imperfeito do conjuntivo, faltando-lhe precisamente a conjunção (um "se", ou "antes" ou "mas"...) na frase em que o insere. É confrangedor...

quarta-feira, agosto 04, 2004

Entretanto... 

Enquanto esta taberna se afunda na escala da decência com as brilhantes discussões ortográficas Escravo/Proveta e a batalha estéril entre a esposa-moderna femininista-descerebrada VS macho-estúpido-fanfarrão-grosseiro, o Lopes já vai cavando a cova em que resolveu enterrar o país. O brilhantina vai mandar a Secretaria de Estado da Agricultura para a Golegã, aparentemente porque a terriola ofereceu imediatamente instalações. Pode ser que a camioneta das mudanças também carregue para a terra dos cavalos uns certos asnos que por aqui andam. Já agora, ó Santanás: se quiseres transferir a secretaria de Estado do Tesouro, eu prometo que compro já um cofre e mando fazer obras no prédio! Ficava bem entregue.

Cócó, Ranheta... 

Depois de Laurel & Hardy, Croquete e Batatinha, Lopes e Porte, Duarte e Cia. e afins, o mundo conhece agora uma nova dupla de comediantes. HOUVESSEM mais leitores neste blog para observar o domínio da técnica cómica que estes dois ostentam. O casal desgraça trabalha claramente em equipa. Ele posta e telefona a dizer que postou, ela comenta e manda sms a dizer que comentou. Que animação! Que beleza! Que harmonia no lar! Que bom que era que fossem tratar de fazer o facada e nos deixassem em paz. Ide e procriai mas não chateai...

terça-feira, agosto 03, 2004

Ser Homenzinho 

Caro Isauro, permita-me demonstrar-lhe a diferença entre nós. Eu sou um bípede. E porque o sou, aprenda comigo: admito ter errado. Parece ser um processo simples, este da admissão, mas separa-me claramente de si. De si, que começa por afirmar peremptoriamente que "o verbo haver não se conjuga no plural" e termina a dizer que se conjuga em todas as pessoas, sendo um verbo principal ou auxiliar. De si, que no tag se queixa do “braço longo” da censura ortográfica, mas que é o primeiro a destacar pretensos conhecimentos de linguística para praticar a sua retórica. De si, que passa o tempo a desferir ataques pueris aos políticos, acreditando ser assim um esquerdoso, quando na realidade é ainda o menino que se esconde atrás do pai e insulta com palavrões de salão os outros meninos na sala. O seu último post foi apenas um pretexto para se projectar como homem viril, que se peida, cospe e vomita à primeira oportunidade. Mas todos sabemos que o Isauro nunca será isso. Será sempre Bonita Rodriguez, a rainha do Travesti Moderno, que animava a noite lisboeta, como o fez durante os anos 90. Admito ter errado, repito. Admito ter errado ao pensá-lo um homenzinho, nas várias acepções da palavra. Compre mais umas gramáticas, puxe o lustro às lantejoulas e seja feliz.

P.S.: Curioso encontrar apenas resultados brasileiros, ao pesquisar por “verbo defectivo impessoal” no Google. Mais curioso ainda o Isauro gastar quase vinte linhas de blog, sem qualquer nota bibliográfica. E bué mais ainda, o facto de expressões como “bem haja” e “bem hajam” serem utilizadas vulgarmente. E ser deste uso comum das palavras que surgem as alterações ao seu livrinho religioso de cabeceira, Isauro. Um dia destes, verá que, na vida, não basta obedecer... Bom, no seu caso... Rebole daqui para fora!

Solidariedade negativa. Estupidez recalcitrante.  

Escreveu o cientifico o seguinte em resposta a um comment meu que já ficou lá para trás mas é tal o gabarito da alarvice que merece espaço nobre: "Isauro - o verbo haver conjuga-se no plural, como todos os verbos. E sabia que até existem vários tempos verbais? Se houvessem baldes suficientes para lho demonstrar, era logo..." O erro inicial até foi do Vil. Mas a estupidez que habita nos intestinos daquela besta é tal que o precoce incontinente não se contém e solta um cagalhão daquele tamanho pensando que se fica a rir. Puto, vamos ver se é desta que você entende: verbo haver é um verbo defectivo impessoal que, usado independentemente, só se conjuga na 3ª pessoa do singular. Percebeu? Quer que repita? Está bem, eu repito: o verbo haver é um verbo defectivo impessoal que, usado independentemente, só se conjuga na 3ª pessoa do singular. Apenas se conjuga nas outras pessoas do singular ou plural como verbo auxiliar. Todos já demos as nossas calinadas. As que dei foram prontamente apontadas e reconhecidas. Agora, vir mijar na trampa dos outros e salpicar-se todo é coisa de mentecaptos. Mas não se preocupe: por esse andar pode ser que chegue a primeiro-ministro. O chefe Lopes também maltrata o verbo haver em horário nobre e veja em que poleiro se alcancorou... O futuro é dos néscios, camarada Científico! Avance. Não olhe para trás. Pinte o amanhã com uma lata de spray castanha e depois solte um peido sonoro seguido de uma gargalhada imbecil. E agora grite bem alto: "EU SOU ESTÚPIDO E TENHO ORGULHO NISSO!" Ah, e não esquecer de acabar sempre as frases com um arroto bem nojento. Lindo menino! Vê-se logo que tem jeito para a Política...

domingo, agosto 01, 2004

Um momento de misoginia 

Ora bem, o facto de entre a vara de aventesmas se encontrar, agora, um elemento do sexo dito fraco faz-me questionar sobre qual a melhor maneira de a insultar sem correr o risco de ser mal compreendido, o que, como todos sabemos, é apanágio de tal género. Sobretudo se adicionarmos o facto de que pode cair mal socorrer-me dos meios que são habitualmente utilizados para caracterizar a corja de pulhas: são feios, cheiram mal da boca, etc. Por isso, creio que a única via será dar-lhe o epíteto que até o mais energúmeno dos homens sreá capaz de entender, inclusivamente aqueles que poluem habitualmente estas paisagens. Chamar-lhe-ei, portanto, sucintamente, mulher.

Não perder pela demora... 

... é algo muito semelhante a isto.

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