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terça-feira, setembro 28, 2004

Testículos e outras buscas 

Isto de ter o site-meter instlado nesta palhota tem as suas vantagens. Não obstante a palidez das estatísticas acerca dos nossos visitantes, o site-meter abre-nos a porta desse fabuloso mundo dos equivocados que aqui vêm à procura de tudo e mais alguma coisa. Os número dos "testículos de cão inchados" é já um clássico repetido. Desconfio que alguém anda a abusar do seu canino. Ainda no campo da zoofilia, registe-se a ambição de quem procurava uma "verga de elefante eréctil". Não me atrevo a especular acerca dessa necessidade. Ainda no mundo animal, gosto também desse tipo que procura "dioptrias para a GNR". Mais um caixa de óculos que quer cortar cabeças em Sacavém. Aposto que já deixou crescer a pança e o bigodinho. Mas o que me comove é a gente simples. Há quem procure saber quanto ganha um empilhador em Itália. Se calhar, enquanto gasto aqui o meu latim, o tipo já está a carregar paletes de concentrado de tomate na Toscânia. Só lamento as incontáveis desilusões que temos proporcionado a tanto cibernauta. Um dia, faremos deste blog uma espécie de páginas amarelas.

sexta-feira, setembro 24, 2004

Chupetas pó Menino 

Tentámos erguer um biombo de indiferença. Mas lá se metia ele em bicos de pés, a pular, a gritar :"Estou aqui! Porque não escrevem? Hm? Já passou tanto tempo e só eu é que escrevo. Boo-hoo-hoo." Tentámos não ligar e lá foi ele de férias, implorando um sinal de vida alheia como prenda ao seu regresso. Chega de volta e, diante da sua sentença de ostracismo neuronal, vai de postar sobre xadrez com minhocas. E de demonstrar que a terapia é, por vezes, a única solução. Caro Proletário: nós, humanos, temos esta mania inexplicável de só comunicarmos quando temos algo a dizer. Porque não tenta ser como nós? Quer um exemplo? Veja: se 9 dos últimos 15 posts neste blog fossem assinados por mim, eu tinha certamente desenvolvido de forma coerente um tema qualquer, por menos interessante que fosse, ao invés de deambular erraticamente entre os registos de "quão mau é o Mundo" e o "quão maus são os meus companheiros de blog, que não partilham a sua verve comigo". É simples. Tente. Vá aqui e escolha um tema adequado. E agora, agradeço que não se mexa. Vou levantar aqui o biombo...heee... da indiferença e desde já o aviso que adquiri, nesta última semana e em saldos, uma marreta de chumbo com cabo reforçado. E quem não salta...

Surpresa 

Quase uma semana sem cá pôr os pés, e tanto que se tem escrito. Vocês são geniais. Continuem o bom trabalho. Um dia hão-de conseguir jogar xadrez com uma minhoca sem perder à terceira jogada.

sábado, setembro 18, 2004

Que bela é a província 

Regressado das áfricas, encontro os repolhos da taberna em polvorosa. O guião não varia muito. O vil continua a sua cruzada pela vulgaridade macho-latina (um papel que o cabrone desempenha com muito maior destreza), o Isauro finge que se indigna para demonstrar à saciedade que é um elegante cavalheiro embora não passa de um merceeiro oportunista e o Comboio acha que tem piada mostrar-nos todos os sites inúteis que descobre quando liga o computador. Valha-nos a ausência da dupla Le Fante/Científico mais ocupada no seu projecto (agora colectivo) de sacar massas aos ingénuos. O paradoxo parece ter abandonado a barca. Um bardo daquele calibre não desafina em qualquer jantar gaulês. Tem de ser uma onde haja gente fina e importante, que o ajude a subir a escada do estrelato. Quanto à esposa, parce que pediu o divórcio à segunda discussão. Que péssimo dote trazia a rapariga. Enfim, apesar da imundice é bom saber que há coisas que não mudam. A laboriosa provincía da mediocridade é como um bálsamo que nos diz "há gente bem pior que tu"

O exílio 

Ao contrário de outros membros deste blog, que não irei mencionar mas cujo nom de plume é similar ao nome de uma telenovela brasileira aí dos anos 80, porém masculinizada (sim, porque não há nada mais viril do que uma telenovela...), quando mandar não serei um tirano tenebroso, déspota de um local pejado de sinistras polícias. Pelo contrário, a democracia musculada da qual serei o regente máximo e vitalício será bastante agradável, na qual todos os meus súbditos terão uma vida pautada pelo hedonismo máximo, à la Admirável Mundo Novo. Já escolhi até o local paradisíaco em que serão exilados aqueles que discordarem das minhas políticas, e quero apelar desde já a que os restantes redactores deste espaço para lá se dirijam o mais rapidamente possível. Afinal, se sete pessoas foram capazes de levar a cabo um golpe de estado nas Ilhas Fiji, o que não poderão fazer nove inúteis num estado tão pequeno que existe uma página com os dados de todos os seus habitantes? No entanto, aqui fica também um conselho: acautelem-se com os dois polícias (bem como os dois funcionários da Segurança Social) que patrulham o Paraíso na Terra. Pode ser que tenham cães.

quarta-feira, setembro 15, 2004

Precisa-se: HOMEM/ MULHER FORTE QUE MANDE CALAR O VIL. 

Sua Vileza conseguiu num par de posts apenas denegrir até um nível quase irrecuperável a já moribunda reputação desta um dia nobre casa. Bravo! São imbecis como você que me fazem por vezes duvidar das virtudes da liberdade de expressão. Confesso o meu ímpeto fascista de o mandar calar, esmurrar e prender. Quem sabe torturar com requintes de perfídia e malvadez? Ah, isso é que era! Solicito - aqui, desde já e para esse efeito - os serviços de uma qualquer polícia política que faça pleno uso de meios tão violentos quanto desnecessários. Mas até lá – até estar adjudicada a empreitada de o calar, esmurrar e prender por meios violentos – não poderá a sua concubina fazer-me o favor – a mim, aos camaradas de blog, à nação e à humanidade - de ser ela, para variar, a atá-lo aos pés da cama para estar você, e não ela, alguns dias que seja sem acesso à Internet? Dão-se alvíssaras!

Cavalos 

No post anterior foi esquecida essa personagem do mundo animal que da pelo nome de Le Fante. Assim e para que nao me acuse de o ter esquecido, decidi que quando tiver a minha ganadaria, o meu primeiro asno tera o apropriado nome de Le Fante. As pessoas vao pensar que sou maluco por chamar o asno por elefante mas paciencia. Sim, porque eu sempre achei muito pouca originalidade nos nomes dos cavalos. Se tivesse uma ganadaria era tudo corrido a Quinta Pata, Arrebenta Bilhas, Arrebimba o Malho e merdas desse genero. Ja estou a ver o comentario na tourado: "Ai temos Joaquim Bastinhas, montando Quinta Pata… um belo exemplar… Quinta Pata, muito bem manejado pelo Cavaleiro… Ve-se que ha muitas horas de trabalho na Quinta Pata, que grande montada e a Quinta Pata"

segunda-feira, setembro 13, 2004

Espalhados pelo mundo 

É verdade, os membros deste blog espalharam-se pelo mundo. Cabrone na América do Sul, Científico e Maquinista na Europa, parece que o Isauro gosta dos ares Asiáticos, o Paradoxo vai às Américas e o Proletário, como é sabido, foi ver a família de duas bossas para África. O mundo coberto pelos nossos hérois. Mas eles tem andado atarefados. Vocês sabem que eles são bons de boca... Por isso, acompanhem a evolução das suas aventuras aqui... É que eles não param quietos...

quarta-feira, setembro 08, 2004

Estimada horta: 

Vou de férias para o Sul, feliz por disfrutar de uma semana a ver camelos a sério, em vez das alcatifas humanas que por aqui pululam. Aposto que, quando voltar, esta planície estará na mesma: tão árida de ideias como o Alentejo de água em Agosto. Uma feliz semana laboral para todos vós imbecis militantes, de quem ainda espero (lá para o natal, com sorte...) um qualquer sinal de vida. Nem que seja a dar troco aos inoportunos chaparros analfabetos que poluem a coluna da direita.

quinta-feira, setembro 02, 2004

Defeito de nascença 

Só haveria uma forma lógica, digna e congruente do governo português lidar com este assunto: deixar o navio acostar, normalmente, e, em caso de ser cometido algum crime a bordo (no caso, um aborto), prender todos os envolvidos e julgá-los, segundo a lei, tal como faz em relação à “abortadeira” de Setúbal. Mas o Portas sabe bem que esse acto faria a sua carantonha aparecer em todos os telejornais da Europa e do Mundo na pele do retrógrado, fascista e (a)moralista que ele tão bem despe e veste conforme lhe convém. Por isso, Paulo, sábio estratega naval, tenta enxotar o problema ou, pelo menos, mantê-lo à distância de 18 milhas marinhas. Somos governados por homens (?!) sem tomates, sem palavra e sem espinha dorsal. É tal o grau de incapacidade física que decerto chegaram a ministros no âmbito de um qualquer contingente para a promoção social dos deficientes motores.

Moral e respeito 

Este burburinho todo à volta do chamado barco do aborto (isso sim seria um belo título para uma série de televisão) tem-nos dado a mostrar os mais brilhantes episódios. No outro dia, ao assistir a mais um debate televisivo sobre o assunto ouvi uma dessas senhoras respeitáveis dos movimentos "pró vida" a defender que a mulher violada não devia abortar. Regressemos então às cavernas. Mas o mais sintomático no meio disto tudo é ver quem é o ministro que está a lidar com o caso. Eu compreendo que o Portas não se preocupe muito com o tema do aborto (afinal ninguém engravida pelas costas), mas afirmar-se como paladino da moralidade tendo em conta a sua vidinha privada é um aberrante exercício de esquizofrenia. Como sempre, o cenoura de Belém diz que acompanha o assunto, mas nada diz e nada decide. E o país continua a viver na hipocrisia piedosa de proibir o aborto, mas ter muita pena das mulheres que o fazem , coitadinhas, que nem deviam ir a tribunal. Porque é que os defensores da "vida" não afirmam o que defendem: que as mulheres que abortam devem ser presas e condenadas, de preferência a 10 anos de cadeia sem hipótese de condicional?

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